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sábado, 11 de fevereiro de 2012


Hoje estou naqueles dias que adorava ter carta de condução e carro próprio. Hoje gostava de pegar nele e em toda a independência que isto significa e passear sozinha, sem ninguém. Só eu, os meus pensamentos e o meu carro. Cada vez me custa mais ter que depender dos outros para ir a onde quero ir. Sinto-me presa, amarrada... Queria tanto puder agarrar no meu carrinho, passear à beira mar ou ir até somewhere ver coisas novas, sei lá ir até Leiria e percorrer aquelas ruas, estacionar, ver lojas, remexer nas coisas, comprar isto e aquilo, lanchar por lá e voltar ao fim do dia. Hoje apetecia-me tanto fazer esta loucura. Ser assim... independente e livre, sem ter de pedir ou sugerir "vamos aqui ou ali".
Estive com uma mulher(*) (ia escrever senhora, mas isso era mentir) que estava toda indignada porque o cozinheiro da empresa onde ela também é funcionária apresentou uma queixa-crime contra ela por ela lhe ter chamado "paneleiro". Eu limitei-me a dizer que no lugar dele teria feito exactamente a mesma coisa. Ui o que eu fui dizer... Ela quase que saltava para cima de mim. Disse-me que se ele é paneleiro, não tem mal nenhum chamar-lhe. Eu só lhe disse que há formas e formas de se dizer as coisas. E, usando esse termo pejorativo, é óbvio que o intuito era insultar. E como tal, ele tem todo o direito de apresentar queixa contra ela, alegando sexismo. No meio desta conversa, ela acha que ele está totalmente errado e deveria pensar que ela é uma senhora de família com uma filha e que não podia ficar com cadastro. E eu pergunto "para isto já é senhora? então e continua a ser senhora quando oferece porrada ao senhor?". E mais, ela está toda indignada porque uma senhora, à qual já teve um atrito com o senhor, vai testemunhar a favor dele, visto que anteriormente já tinham discutido. Então vamos lá ver uma coisa esta testemunha apenas vais contar o que aconteceu. Vai contar a verdade, logo se a verdade foi esta então temos pena. Mas esta senhoreca de quinta categoria queria que a testemunha não contasse a verdade. Bem... surge aqui alguma incoerência, dado que para umas coisas quer ser tratada como senhora e para outras já é uma cobarde, falsa e mentirosa.
Por favor... ela só teve o que merece, além disso eu até batia palmas se fica-se registado no registo criminal em letras bem gordas e sublinhadas a marcador amarelo este episódio. Adorava. É que as pessoas têm de se consciencializar que sexismo é uma forma de discriminação e discriminação é CRIME. Eu repito C-R-I-M-E. Entendam gente. Cada pessoa é livre para escolher o clube de futebol, a religião, a cor do carro, a profissão e a orientação sexual. É complicado perceber? Mas que raio de pessoas são aquelas que não entendem isto. Será difícil? Oh gentinha mais fechada. Somos livres para escolhermos quem amamos... há quem prefira pessoas louras, morenas, ruivas, homens, mulheres... é uma decisão de cada um... é da natureza de cada um...
Open Mind.


(*) eu já não gostava dela... então agora? Mas penso que, a partir de hoje, passou a ser reciproco. Então ela ainda tem a lata de dizer "ai o meu homem está para lá em África, qualquer dia aparece-me ai com uma preta e com um mini café com leite. A gente não está livre que nos enfeitem a testa. Os homens são assim, dados ao reboliço". E eu a pensar também com uma cabra destas como mulher não me admira nada. Além disso ainda chama "carinhosamente" a sua filha como "BOLA REDONDA". Querem mais? À uns anos a traz andava ela e o marido a tratar dos papéis para adoptar um menino, sendo que o processo já estava na fase final onde até já tinham contacto com o miúdo e ele já vinha a casa deles passar fins de semana, ou seja, a relação pais-criança já estava desenvolvido, o vinculo seguro já estava consolidado. Eis se não quando ela sabe que está grávida de uma menina... E sabem o que é que aquele casal fez? Desistiram do processo adoptivo, isto é, renegaram uma criança que já os considerava pais. E esta hein? Dá para perceber que sensibilidade e tolerância não fazem, de todo, parte do dicionário desta vaca... desculpem desta pessoa... pessoa também não é o termo... desta coisa.
Há dias que sinto que vivo num mundo à parte onde nada acontece. Hoje é o dia.
Borring Day.
Passei a noite a sonhar tanto. Fartei-me de acordar, foi uma autêntica odisseia.
Vem para minha casa se faz favor.