Custa-me engolir aquelas pessoas que contam aos sete ventos que têm saudades da sua cara-metade e que já não estão com elas à X dias e tal e tal, mas depois, se analisarmos bem, constatamos que têm tantas oportunidades para estarem juntas e não estão porque existem prioridades que, quanto a mim, são supérfluas. Se não estão juntas por causa de contingências profissionais ou académicas é compreensível, dado que são obrigações que devem ser cumpridas. Agora se não estão juntas porque têm que dormir, porque têm de ir correr, porque está a chover, porque é dia ímpar, porque sim, porque não, porque não apetece, porque tenho de cuidar da micose, porque tenho de ir ali e aqui, isso não. "Quando se gosta é claro que a gente cuida". Acho que quando se ama se quer estar grudado, bem junto, sendo que nada é mais importante do que estar com quem mais se quer. É óbvio que também considero que cada uma das partes deve ter as suas actividades, amigos, passatempos, gostos pessoais para que depois têm assuntos e temas para partilhar, bem como para sentirem saudades um do outro. No fundo o que me perturba é sentirem saudades da outra pessoa e depois, quando podem, não estão porque existem prioridades. Não entendendo, desculpem, mas não. Isto deve ser da minha veia de romântica.
