Bem a coisa é mais ou menos assim. A menina quer um anel, quer muito, muito. Dá a dica ao menino de qual quer. Toda a gente sabe da existência do dito. Certo dia o menino num acto de nobreza e valentia compra o abençoado e oferece, com toda a pompa e circunstância, à frente da família da fulana. Esta interpreta o papel de menina-surpreendida e esboça o ar mais eloquente que consegue. À frente de um público muito selecto e restrito, a menina expressa todo o sentimento que nutre de forma romântica, apelidando o seu jumento, perdão o seu menino, de forma extravamentemente carinho. Porém, não existe bela sem senão, nos bastidores insulta-o com todo o amor deste mundo. Ai, ai o amor é... enfim neste caso não sei como classificar. Adiante, depois deste epílogo bem detalhado, eis que a princesa acha por bem partilhar a sua recente aquisição com o mundo num gesto de bondade para que aprecia saber da sua vida, que é como quem diz, sou-mesmo-boa-consegui-que-o-jumento-do-meu-amor-me-oferecesse-esta-linda-jóia-mesmo-que-tenha-sido-eu-quase-a-obrigá-lo-com-uma-arma-branca. Neste périplo de aventuras e desventuras, a princesa, não sei por alma de quem mas desconfio, decide por alta recriação oferecer uma coisa semelhante ao seu pombo. Será que foram borboletas que lhe "assopraram" ao ouvido e lhe disseram "é fechôn ter alianças iguais". Esta dúvida permanece no ar, o certo é que ela agora está empenhada em comprar um adorno dedal para o seu dito-cujo igualissímo ao dela.
A minha versão romântica desta história verídica:
Antes de mais é preciso um grande amor que una, incondicionalmente, um casal. O par romântico deverá ser colocado à prova para tomarem consciência do quão é importante é aquele sentimento. Devem unir-se sempre, serem fiéis, partilharem tudo o que houver para partilhar, serem sinceros, cúmplices e carinhosos um com o outro, lutarem juntos para concretizarem os sonhos e alimentarem, todos os dia, aquele amor que os une. Depois de solidificar a relação é que, caso ambos queiram, eu repito "ambos", se pode pensar em encontrar um objecto que simbolize tudo aquilo que sentem. Então o casal deve escolher em conjunto aquilo que pretendem, comprarem juntos e pronto! É um momento de partilha a dois. Fim.
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