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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012


Hoje estive a tentar ajudar uma amiga minha que está em pânico porque o seu amor vai este semestre para a Polónia. É uma situação nova porque desde que começaram a namorar tudo correu bem e sem sobressaltos. Ingressaram juntos na mesma universidade em cursos distintos, sendo que decidiram ir viver juntos nesse mesmo ano. Tudo corria bem, à excepção daqueles pequenos conflitos domésticos. Tirando isso, sempre se respeitaram e sempre se apoiaram em tudo. Faziam sempre as viagens juntos aos fins-de-semanas, dado que eram quase vizinhos.
Todavia este conto de fadas é interrompido quando ele decide ir terminar o ano lectivo na Polónia, sendo que é uma excelente oportunidade para a sua vida académica. Ela, como é óbvio, apoiou-o sempre nesta decisão, mas lá no fundo está cheia de medo desta nova etapa. Tem medo de o perder, tem medo que ele se perca, tem medo que a relação esfriei e que ele se deixe encantar pelo que não deve. É perfeitamente normal estes pensamentos, é normal ter medo quando se ama, é algo humano. Porém eles têm uma relação sólida (se bem que por vezes ela era quase mãe dele, dado que ele é demasiado desleixado em muitas coisas). É complicado um casal passar por este período de afastamento quando está habituado a estarem juntos day-by-day. Tudo é questionado, tudo é colocado em causa. Pelo que percebi ela está mesmo em baixo, mas tenta disfarçar quando está com ele. Já ele está demasiado entusiasmado para perceber que ela está triste. É compreensível estar motivado para esta nova etapa, porém também tem de tomar consciência que esta sua decisão terá repercussões na vida dela.
A rapariga chora todos os dias. Hoje então deve estar um caco. Ele partiu hoje e tirou a noite de ontem para estar com amigos e com ela, como é óbvio. Eu apercebi-me que ela se sentiu um pouco à parte, sendo que gostaria de ter passado a última noite com ele, só os dois, algo mais recatado. É compreensível ele querer despedir-se dos amigos e familiares, e claro que nessa festa não poderia dar a devida atenção à sua namorada, mas podia ter escolhido outro dia para o fazer. Podia ter reservado aquele momento só para os dois. Porém é bom referir que isso não significa que ele goste pouco dele, uma vez que já vez muitas coisas por ela, apenas acho que ele é mais desprendido, menos sentimentalista, podendo mesmo ser uma forma de sofrer menos com esta separação. Mas... sei lá podia ser mais sensível e mais atencioso para com ela. Não sei acho que podia tentar apoiá-la mais. Há quem diga que alguns homens não conseguem perceber estes pequenos sinais femininos... não é por mal, mas alguns homens são mesmo despistados.

PS-E ainda não sei se ela o foi levar ao aeroporto.
Apenas sei que passaram o dia dos namorados juntos e ele ofereceu-lhe uma pulseira super linda com o nome deles e com corações. Ele colocou-a e disse-lhe que só a poderia tirar quando ele regressasse. Que fofinho.

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